sexta-feira, 18 de junho de 2010

o que eu gostava

Gostava de ter coragem para admitir que ando triste. Que há semanas em que me apetece chorar todos os dias. Que às vezes me sinto igual a toda a gente, que não me sinto eu ultimamente, que houve aqui um botão qualquer que se avariou e eu ainda não consegui perceber qual é e não tenho caixa de ferramentas. Gostava de poder pegar no telefone e contar que às vezes soluço como quando era pequena. Que tenho saudades das minhas músicas mas não tenho vontade de as ouvir. Que me sinto cansada e desmotivada mas não há mais nada que eu gostasse de fazer. Gostava de ter coragem para dizer que quero encontrar o meu lugar num lugar diferente. Gostava de não sentir que tenho obrigação de parecer feliz todos os dias. Gostava de não estar no meio de sítio nenhum, entre as borboletas e a estabilidade. Gostava de voltar a acreditar. Gostava de sentir que posso ser eu, que posso ter coragem e admitir que ando triste e ninguém vai fugir. Gostava que não se esquecessem das promessas que me fazem e que não se esquecessem de dizer olá de vez em quando. Gostava de ser menos perfeccionista e aliviar um pouco a pressão que ponho sobre mim mesma. Gostava de poder reclamar por a luz estar acesa e isso não fazer de mim uma pessoa chata, apenas presente. Gostava de saltar sempre o Inverno e passar um mês inteiro ao sol. Gostava de saber o que dizer mais vezes. Gostava que não fosse tão difícil estar de repente com quem me faz falta. Gostava de acreditar que vou voltar a ser optimista. Gostava de ter coragem para admitir que ando triste.

Mas se o disser alto passa a ser verdade.

game over

I... I used to make long speeches to you after you left. I used to talk to you all the time, even though I was alone. I walked around for months talking to you. Now I don't know what to say. It was easier when I just imagined you. I even imagined you talking back to me. We'd have long conversations, the two of us. It was almost like you were there. I could hear you, I could see you, smell you. I could hear your voice. Sometimes your voice would wake me up. It would wake me up in the middle of the night, just like you were in the room with me. Then... it slowly faded. I couldn't picture you anymore. I tried to talk out loud to you like I used to, but there was nothing there. I couldn't hear you.
Then... I just gave it up.
Everything stopped.
You just... disappeared. And now I'm working here. I hear your voice all the time.
Every man has your voice.
(Paris, Texas)

terça-feira, 25 de maio de 2010

Li por aí..

O tempo é muito lento para os que esperam...muito rápido para os que têm medo... muito longo para os que lamentam... muito curto para os que festejam. Mas, para os que amam, o tempo é eternidade.

William Shakespeare


sexta-feira, 16 de abril de 2010

a propósito do dia internacional do beijo...

no beijo está o começo, o fim, está onde te encontro, onde me perco.
beijo, esqueço, sinto, olho, toco.
nele sei quem sou, quem és, quem deixamos de ser.
todos os dias são dias de beijo.
toda a vida é tempo de beijo.
a eternidade encontra-se no beijo.
no beijo se esconde o para sempre...
(autora desconhecida)

quarta-feira, 14 de abril de 2010

sigh


wondering over a story about a theatre at the end of a pier...
stage magic as the rain came down...
an audience who couldn't tell the difference between magic and illusion and to whom it would make no difference if every illusion was real..